Andando sobre espinhos:

As feridas que não podem cicatrizar

Corroem o que restou dentro de mim.

O caminho até a luz tem sido doloroso e cansativo.

Me afundando nesse mar de sentimentos eu penso em você, e por alguma razão isso me dói.

Me pergunto o que sobrará de mim no fundo deste mar quando a longa caminhada acabar 

Inalcançável

Nessa noite tão fria

Será que eu posso te abraçar hoje?

Nesse lugar tão solitário

Será que eu posso ficar ao seu lado?

Essas coisas me parecem inalcançáveis, será que em algum dia eu vou poder depositar todo o meu amor em você?

Você faria alguma coisa por mim?

Nesse cômodo vazio

Eu já não te vejo mais

Eu já não te sinto mais...

Ah... O que seria de mim sem esses sonhos inalcançáveis.

De volta para prisão da sua mente:

Eis que tudo retornou como uma bomba atômica sobre a cabeça dela.
Dessa vez foi mais forte do que ela pensou e sinceramente ela não sabe o que fazer com isso.
Será que você pode ajudá-la ou ao menos ouvi-la?
Todas as noites aquele terrível momento aparece como um flash na mente dela
Repetindo aquelas palavras que a desmontaram na hora.
E por um longo tempo permaneceu o silêncio
E por um longo tempo ela desejava ardentemente a morte
E por um longo tempo ela se destruía aos poucos.
Os pensamentos vazios a noite são torturantes, cheios de mágoas e desesperadores.
Talvez haja uma saída, talvez ela não queira achá-la ou simplesmente tenha perdido fé em si mesma.
E dolorosamente ela volta com estas tristes palavras.
A melancolia está de volta.

Le Ciel:

Neste Jardim da perdição eu encontrei você

O mais puro como um anjo de asas negras,

Mas como todos neste jardim sempre tem uma malícia

Eu me perdi entre as partes mais belas deste paraíso sem fim.

Sobre tempo e paciência:

No seu tempo certo as coisas vão tomando seu rumo

Quem tiver que ser seu será

Quem tiver que morrer morrerá

Quem tiver que viver viverá.

E aos poucos as coisas se ajeitam, mesmo que demore

Mesmo que você tenha que esperar a última folha cair numa tarde de outono.

Tempo para as feridas cicatrizarem, para os falsos amores passarem.

Paciência é uma virtude que poucos têm

E algo que no momento eu procuro ter.

Sobre corações vazios, mas cheios de esperanças:

Antes você era a única coisa que me importava 

Que me fazia me sentir viva

Assim como uma flor que acaba de desabrochar. 

Mas tudo isso passou e hoje eu já não sinto mais nada 

Nem por você e nem por ninguém 

Talvez nem por mim.

É estranho não sentir nada, mas me dá um certo alívio. 

As vezes um vazio, mas isso se cura aos poucos. 

Cabe em mim todo o amor do mundo 

E tenho o mesmo a oferecer um dia para alguém 

E eu espero que esse alguém não seja você.

Tons de frieza:

Estou destruindo corações como se eu fosse uma lâmina afiada. 

Manchando de sangue tudo o que vê 

Rasgando tudo o que sente. 

Diluindo esperanças ao pó. 

Eu não sei parar e nem sei quando eu vou conseguir 

Mas meu amor eu lhe digo a verdade 

Mesmo parecendo insensível

Não foi intencional. 

Eu vivo em tons de frieza.

Corações vazios:

Andando nesta rua onde há milhares de pessoas 

Milhares corações vazios. 

Procurando alguém que algum dia preencherá o seu vazio 

Hoje em dia parece impossível 

Quem um dia irá preencher meu coração vazio? 

Cansamos de procurar a resposta 

Porque cansamos de nos decepcionar. 

Em meio a essa multidão que caminha por aí sem coração 

Dilacerando corações frágeis sem esboçar qualquer emoção. 

Os que já foram pisados decidiram ficar no chão 

Os que mantém a esperança caminham sem direção. 

Enquanto uns se machucam eu escolhi ficar, 

Ficarei aqui no chão esperando alguém chegar.